Terceiro ensaio - 24/05

Nesse encontro, trabalhamos as partituras com diversas trilhas para experimentação. Em seguida, começamos a esboçar a cena. Definimos as trilhas a serem utilizadas. A cena está divida em capítulos (hounds), assim como a Ilíada (cantos). São três hounds de disputa entre os deuses, e no fim eles realizam uma dança de comunhão (Poulp fiction).
As trilhas sugerem uma atmosfera que é rompida pela ação que os atores realizam assim que o silêncio se instaura. A ação é interrompida pelo "gongo" que finaliza cada hound. Assim, os atores voltam pra cadeira, e bebem água. A ideia é ter um banquinho, ou mesinha, ao lado de cada cadeira com jarra de água e copo. E um balde para cuspir a água.
No vídeo está o esboço da cena.
Para os próximos encontros, o objetivo é dar ritmo a cena, ir afinando os detalhes. Adquirir os objetos necessários, assim como os figurinos.
Sugestões, perguntas e comentários, são bem vindos.
Bom trabalho a todos!!!

Segue o link com o vídeo da dança do Poulp fiction:


https://www.youtube.com/watch?v=3VKK2mskvtg

Segundo ensaio - 17/05

No segundo ensaio, as partituras foram retomadas para a memorização dos atores. Não foi possível realizar o experimento das partituras com músicas, por falta do cabo que não estava no espaço. Isso já foi resolvido para o próximo encontro.
Foram realizados dois novos exercícios pensando em possibilidades para a cena. Os dois aparecem no vídeo. São exercícios de confiança e agilidade, e que geram um certo risco aos participantes. Após as experimentações, conversamos e decidimos eliminar o exercício do bastão do processo, por conta do risco de machucar e acabar interferindo na realização da cena.
Alguns desenhos da cena começam a surgir. No próximo ensaio, além das experimentações das partituras com música, pretendo já trabalhar o esboço da cena inteira: entrada dos deuses (com trilha); primeiro duelo; fim do primeiro round (eles bebem água); segunda entrada dos deuses (com trilha diferente, mas mesma movimentação); segundo duelo; fim do terceiro round (eles bebem água); terceira entrada, somente "Hera" cantado uma canção; depois "Zeus" toca violino; depois entra trilha do filme Poulp fiction (a música da dança entre Uma Thurman e John Travolta). Os dois dançam inspirados no filme, e a partir disso ver como termina.
A ideia é como se o momento da cena, fosse um momento íntimo do casal, no qual o público estará como testemunha desse momento de intimidade, onde o casal realiza suas brincadeiras e disputas....
Esses duelos, entradas, e ações que eles fazem é um misto de traços humanos (ridículos, bobos, cotidianos) com uma postura divina. Penso em experimentar o conceito de incongruência por meio dessas experimentações. O figurino será inspirado no que Thurman e Travolta usam em Poulp fiction. Vou postar aqui no blog o vídeo que tem no youtube com a dança do filme.

Primeiro Ensaio - 07/05

O primeiro encontro do processo criativo foi utilizado para situar os atores participantes sobre qual parte da Ilíada iremos trabalhar. Nesse sentido, foi explicado que a ideia é a partir da relação entre Zeus e Hera criar uma cena com base em ações corporais, ritmo e repetição.

O trabalho prático desse primeiro encontro foi pensado com o objetivo de se criar um material físico de ações. Uma partitura. Essa partitura foi criada, por meio de experimentos de ações na seguinte sequência: empurrar, puxar, lançar, girar, ir ao chão, nascer, ver o mundo pela primeira vez. No vídeo é mostrado a sequência já definida pelos atores. Cada um mostra a sua repetindo-a três vezes de maneira interligada.

No segundo momento do vídeo, aparece uma experimentação, na qual cada ator tem um objetivo a realizar em relação ao outro. O objetivo do ator João era seduzir a atriz Paula. Já o objetivo de Paula era fazer com que João deitasse a cabeça dele em seu colo para dormir. Porém, um não sabe o objetivo do outro, quando eles vão fazer o experimento. A proposta consiste em ver que situações são geradas a partir da realização  dessa tarefa concreta e simples. E outra regra era não poder falar.

A minha proposta em trabalhar esses deuses, é poder destacar os traços humanos que eles possuem, ao mesmo tempo que pelo fato de serem deuses, pode-se buscar uma movimentação e uma presença não cotidianas para a cena, ou melhor, nesse caso, misturá-las.

O próximo passo será trabalhar as partituras com distintas músicas para dar ritmos distintos a mesma. A ideia, a princípio, é utilizar essas partituras para uma "entrada" em cena dos dois deuses para a realização de um duelo.

Não tenho a cena desenhada em minha cabeça. Quero que os ensaios e o processo formem e conduzam a cena para o resultado final.

Quem quiser contribuir com sugestões, perguntas... será ótimo!!!

Abraço e bom trabalho a todos.

                                                                            Projeto

1.      O ponto de partida para a criação da cena são as várias partes da Ilíada, nas quais Zeus e Hera realizam diálogos tensos e conflituosos. Porém, a cena será criada tendo como foco a relação entre esses deuses, e não sobre os textos ou conteúdo dos diálogos.

2.       A partir do enfoque descrito acima, será criada uma cena performativa, que será composta pelo diálogo entre o teatro, a dança e a música. Desse modo, o conceito utilizado será o do teatro performativo, no qual o ator se transforma em performer, descrevendo os acontecimentos cênicos em um espetáculo centrado na imagem e na ação, enaltecendo os elementos expressivos e as distintas qualidades de energia, bem como as habilidades pessoais dos performers. Diferente de um ato teatral, no sentido tradicional, o qual é desenvolvido a partir de uma narrativa linear e ficcional, nesse ato performativo buscarei priorizar o fazer, as ações, os sentidos, mas sem uma ficção.

Pretendo utilizar a Teoria da Incongruência como meio para constituir a cena rumo à comicidade, bem como estar atento ao elemento rítmico presente na obra de Homero, no que se refere às repetições e à musicalidade (sons).

3.      Pré Roteiro

1º) Aparição dos dois deuses;

2º) Realização de algumas ações que “apresentem” essas figuras;

3º) Contato entre as figuras por meio de um objetivo claro e específico a ser alcançado por cada uma das figuras na relação com o outro. Objetivos esses individuais, que ao encontrar o outro acabe gerando conflito, que não é dramático, mas físico.

Esta é uma proposta para o início dos trabalhos. A partir do desenvolvimento do mesmo, outros desdobramentos surgirão direcionando o processo para seu “resultado”.

4.      Os atores/performers que participarão do processo criativo são Joao Porto Dias e Paula Sallas. Ambos são atores, palhaços e que desenvolvem estudos com instrumentos musicais, bem como integram o Nutra – Núcleo do Trabalho do Ator, no qual realizam procedimentos de treinamento do trabalho do ator. Os dois são alunos também da disciplina.

5.      Os ensaios desse processo criativo serão realizados no Galpão do Riso, em Samambaia, nas quartas e sextas das 10:20 às 11:40.

6.      Cronograma de ensaios:

Maio

Semana I, II e III: trabalho prático para criação de material e experimentos cênicos com o mesmo.

Semana IV: discussão e reflexão sobre a Ilíada, especificamente sobre a relação entre os deuses Zeus e Hera, a partir de alguns trechos selecionados; definição de alguns elementos, como música, possíveis objetos e figurinos.

Junho

      Semana I e II: ensaios para definição das cenas e do roteiro.

      Semana III e IV: ensaios finais para a realização da apresentação.

Obs.: no mês junho acontecerá um ensaio extra em um sábado, dia 14/06, às 14 horas, também no Galpão do Riso, em Samambaia.

Junho/Julho

Ensaio geral – 30/06 e 04/07 – na Universidade de Brasília.

Apresentação do processo criativo na Universidade de Brasília no dia 10/07, dentro da programação do Cometa Cenas.

Este blog foi criado para compartilhar o processo de criação da performance Deuses Homéricos.


    O ponto de partida para a criação da cena são as várias partes da Ilíada, nas quais Zeus e Hera realizam diálogos tensos e conflituosos. Porém, a cena será criada tendo como foco a relação entre esses deuses, e não sobre os textos ou conteúdo dos diálogos.

   A partir do enfoque descrito acima, será criada uma cena performativa, que será composta pelo diálogo entre o teatro, a dança e a música. Desse modo, o conceito utilizado será o do teatro performativo, no qual o ator se transforma em performer, descrevendo os acontecimentos cênicos em um espetáculo centrado na imagem e na ação, enaltecendo os elementos expressivos e as distintas qualidades de energia, bem como as habilidades pessoais dos performers. Diferente de um ato teatral, no sentido tradicional, o qual é desenvolvido a partir de uma narrativa linear e ficcional, nesse ato performativo buscarei priorizar o fazer, as ações, os sentidos, mas sem uma ficção.
Esta é uma proposta para o início dos trabalhos. A partir do desenvolvimento do mesmo, outros desdobramentos surgirão direcionando o processo para seu “resultado”.